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Voto impresso é uma polêmica desnecessária.

09 ago 2021

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso defendeu a total segurança, transparência e auditabilidade da urna eletrônica em uma audiência, nesta quarta-feira (9), no Plenário da Câmara dos Deputados. “A introdução do voto impresso seria uma solução desnecessária para um problema que não existe, com um aumento relevante de riscos”.

O encontro foi realizado para debater as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) nº 135/20 e 125/11 que tratam, respectivamente, do voto impresso e da reforma eleitoral. Na ocasião, Barroso destacou que, em 25 anos da urna eletrônica, não há qualquer indício de fraude contra o equipamento que tenha sido documentado.

O ministro lembrou que as urnas não são conectadas à internet ou a qualquer outra rede, o que fortalece a segurança contra ataques externos de hackers. Ele salientou aos parlamentares os problemas associados ao voto impresso, como o alto custo (R$ 2 bilhões) para a adoção, o perigo de quebra do sigilo do voto e os riscos de fraude e de extrema judicialização do resultado das eleições pelos candidatos derrotados.

Barroso lembrou que na última eleição houve mais de 400 mil candidaturas e destacou, ainda, dificuldades de ordem administrativa, como o preparo de uma licitação complexa no TSE para a compra de equipamentos, caso o voto impresso seja efetivado. “Dois bilhões de reais faz muita diferença. Eu só gostaria de lembrar que nós não realizamos o censo demográfico por falta de dinheiro, e que as Forças Armadas não puderam ajudar em uma operação que eu mesmo determinei para proteger comunidades indígenas e garimpeiros em um conflito porque disseram que não tinha recursos. Portanto, essa talvez não seja a melhor alocação de recursos no momento”, disse ele.

fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/politica/2021/06

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